Maria Gadú é uma das mais respeitadas e aplaudidas artistas brasileiras das duas últimas décadas, tendo-se afirmado como uma intérprete e compositora de excelência que assumiu um lugar de relevo no fluxo histórico da MPB. Para alcançar esse estatuto, valeu-lhe o seu óbvio talento e também o reconhecimento dos seus pares.
Fez, por exemplo, digressões com os gigantes da canção brasileira Caetano Veloso e Milton Nascimento, dois mestres que sempre lhe dirigiram as mais elogiosas referências. sempre lhe dirigiram as mais elogiosas referências.
A cantora estreou-se em 2009 com um álbum homónimo de onde saiu o mega êxito “Shimbalaiê” que foi até banda sonora da novela “Viver a Vida”. O facto de ter escrito essa canção quando contava apenas 10 anos é revelador do papel que a música sempre teve na sua vida.
Dois anos depois, em 2011, lançou um álbum ao vivo em que repartia os créditos com Caetano Veloso. Os álbuns “Mais Uma Página”, “Nós” e o mais recente “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor” revelaram-se fontes de mais êxitos – como “Quase Sem Querer” ou “Dona Cila”, temas que juntos somam mais de 150 milhões de plays só no Spotify, plataforma em que Maria Gadú tem mais de 2 milhões de ouvintes mensais. Essa popularidade explica que tenha recebido várias nomeações para os Grammys latinos e que acumule já várias distinções atribuídas pela indústria brasileira.
O seu álbum mais recente, “Quem Sabe Isso Quer Dizer Amor”, vê-a a homenagear vários nomes-chave da música popular brasileira, de Marisa Monte e Rita Lee a Gonzaguinha e Caetano Veloso, sendo uma carta de amor a uma cultura que sempre a apaixonou e motivou. Gadú, que é uma ativista das causas antirracistas, feministas e dos direitos LGBTQIA+, entende que a música é algo de essencial para as nossas vidas. E é isso que ela nos vem oferecer, num muito aguardado reencontro com os fãs portugueses.